Subcontratado por entidade ligada ao PC do B, João Batista Machado afirma que dinheiro que serviria para pagar alimentação de crianças foi parar nas mãos de políticos
O dono de uma empresa subcontratada para fornecer alimentos a crianças atendidas por um programa de esportes do governo federal diz que cerca de 90% dos R$ 4,65 milhões que recebeu dos cofres públicos entre 2009 e 2010 foram desviados para políticos de Brasília, Santa Catarina e Rio.
"Era tudo roubo. Vi maços de dinheiro serem distribuídos", afirma o dono da JJ Logística Empresarial Ltda., João Batista Vieira Machado, em entrevista exclusiva ao Estado.
Machado diz que foi usado em um esquema montado para fraudar o Segundo Tempo, programa do Ministério do Esporte que atende crianças em atividades físicas em horário extraescolar.
Portal da Transparência
O Portal da Transparência do governo federal informa, no entanto, que o primeiro convênio do ministério com o Instituto Contato, no valor total de R$ 13,84 milhões, foi integralmente cumprido.
O outro contrato, cuja vigência se encerraria no fim de dezembro, era de R$ 6,24 milhões, também segundo o Portal da Transparência. Neste caso, a nota do Ministério do Esporte informa que, por causa das irregularidades encontradas, foi instaurada uma Tomada de Contas Especial, que está em fase final de tramitação.
Também por nota enviada à reportagem, o Instituto Contato informou que "ratifica sua idoneidade" e nega as acusações de Machado, dono da empresa JJ Logística.
A entidade, dirigida por Rui de Oliveira, que é filiado ao PC do B de Santa Catarina, também afirma que prestou contas ao Ministério do Esporte.
O Instituto Contato foi incluído no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim) - relação de instituições impedidas de celebrar convênios ou parcerias com o poder público.
Sem retorno. No início da tarde de sexta-feira, o Estado entrou em contato com José Roberto Fernandez Rocha, acusado ser um dos responsáveis pelos desvios no Programa Segundo Tempo, e explicou que publicaria as acusações de Machado contra ele.
Alegando que não poderia falar naquele momento, ele pediu para que fosse procurado mais tarde. A reportagem ligou mais de dez vezes para os telefones dele e deixou recados, mas não houve retorno até esta edição ser concluída. Fernandez Rocha foi candidato a vereador em Cabo Frio (RJ) pelo PMDB. Teve apenas 871 votos.
O dono de uma empresa subcontratada para fornecer alimentos a crianças atendidas por um programa de esportes do governo federal diz que cerca de 90% dos R$ 4,65 milhões que recebeu dos cofres públicos entre 2009 e 2010 foram desviados para políticos de Brasília, Santa Catarina e Rio.
"Era tudo roubo. Vi maços de dinheiro serem distribuídos", afirma o dono da JJ Logística Empresarial Ltda., João Batista Vieira Machado, em entrevista exclusiva ao Estado.
Machado diz que foi usado em um esquema montado para fraudar o Segundo Tempo, programa do Ministério do Esporte que atende crianças em atividades físicas em horário extraescolar.
Portal da Transparência
O Portal da Transparência do governo federal informa, no entanto, que o primeiro convênio do ministério com o Instituto Contato, no valor total de R$ 13,84 milhões, foi integralmente cumprido.
O outro contrato, cuja vigência se encerraria no fim de dezembro, era de R$ 6,24 milhões, também segundo o Portal da Transparência. Neste caso, a nota do Ministério do Esporte informa que, por causa das irregularidades encontradas, foi instaurada uma Tomada de Contas Especial, que está em fase final de tramitação.
Também por nota enviada à reportagem, o Instituto Contato informou que "ratifica sua idoneidade" e nega as acusações de Machado, dono da empresa JJ Logística.
A entidade, dirigida por Rui de Oliveira, que é filiado ao PC do B de Santa Catarina, também afirma que prestou contas ao Ministério do Esporte.
O Instituto Contato foi incluído no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim) - relação de instituições impedidas de celebrar convênios ou parcerias com o poder público.
Sem retorno. No início da tarde de sexta-feira, o Estado entrou em contato com José Roberto Fernandez Rocha, acusado ser um dos responsáveis pelos desvios no Programa Segundo Tempo, e explicou que publicaria as acusações de Machado contra ele.
Alegando que não poderia falar naquele momento, ele pediu para que fosse procurado mais tarde. A reportagem ligou mais de dez vezes para os telefones dele e deixou recados, mas não houve retorno até esta edição ser concluída. Fernandez Rocha foi candidato a vereador em Cabo Frio (RJ) pelo PMDB. Teve apenas 871 votos.
Fonte: Estadão.com
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